Tua feição, menino,

É um baralho cigano

Que goza qualquer

Tentativa de vitória.

Tua voz é surda;

Plana, macia como a grama.

Pesada, presente como o céu.

O som dela escapa

Às tuas retinas nebulosas.

Pois a boca, ela mesma,

Existe somente para adornar

O meu pescoço.

Desse teu corpo

Fora do lugar

Nada sobra ao meu muro

Senão a vista do abismo,

Que criou-se entre nossos mundos;

Horizonte dos tijolos esfarelados

Pelo bombardeio do teu desejo.

Sign up to discover human stories that deepen your understanding of the world.

Free

Distraction-free reading. No ads.

Organize your knowledge with lists and highlights.

Tell your story. Find your audience.

Membership

Read member-only stories

Support writers you read most

Earn money for your writing

Listen to audio narrations

Read offline with the Medium app

Emanuelle Anastassopoulos
Emanuelle Anastassopoulos

Written by Emanuelle Anastassopoulos

Escrevo o que me sussurram. No BS é @manuanasta.bsky.social

No responses yet

Write a response