Morrer é Ridículo

Emanuelle Anastassopoulos
1 min readAug 28, 2020

Pensar cristalizado,

Passa à palavra não só,

Mas do afeto bem acompanhado.

Palavra, máquina do tempo originária.

Grava pros vindouros esse eterno momento;

Traduz no tijolo essa cintilante áurea.

Depois de minha ida oficial,

Deixo-te para que os conte, oh letra,

Da angustia final que para além de mim paira.

Mas aviso em vida:

não te percas no sentir,

E reserva-os também as

novidades do saber.

Como num ato de esperança,

Pressuporei o futuro e

deixarei descoberta minha horcrux;

Cimentada no tempo em ensaio ou poema.

Para que no crepúsculo,

Possa forçar o parto da aurora.

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Written by Emanuelle Anastassopoulos

Escrevo o que me sussurram. No BS é @manuanasta.bsky.social

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